sábado, 28 de junho de 2008

Americano? Por que?

Alguma vez já ocorreu em sua mente o motivo pelo qual torcemos para o América? Para mim nunca tive essa duvida, assim como quando nasci o médico disse que era menino, devia ter completado é menino e AMERICANO. Como o cromossomo Y determinou meu sexo, o coração determinou meu time, nasci americano.
Cada vez que o Coelho joga renova-se o amor, renova-se a devoção americana. Posso trocar de mulher, de casa, de profissão, de cidade, de país, de muita coisa, mas o América NUNCA.
Passava-se o ano de 2001, estava feliz, sorte no amor, dizem que isso significa azar no jogo, será?
O Coelho estreou mal no campeonato mineiro daquele ano, no dia 28 de janeiro empatamos com o Rio Branco em Andradas, pouco para quem quer ser campeão. Na seqüência, no dia 04 de fevereiro, novo empate, dessa vez com o pequeno Ipatinga, dessa feita, em nossos domínios.
O que já não era bom, piorou ainda mais, fomos goleados por nosso arqui-rival Cruzeiro, 4X1 no Minerão no dia 10 de fevereiro... Inicio tenebroso, caindo pelas tabelas, campeonato curto...
Somente na 4 rodada conseguimos nossa primeira vitória, dia 17 de fevereiro, mas as coisas continuavam ruins, quatro jogos, dois empates, uma derrota e só uma vitória, longe da tradição de nossas cores.
Na seqüência, nova tragédia, derrota para o Leão de Nova Lima, em nosso Gigante, 2 X 1. em 24 de fevereiro. A situação ficava realmente preta.
No dia 04 de março, nova pedrada, 3X2 para o Mamoré fora de casa.
A segunda vitória veio em casa contra a Caldense, 2X1 no dia 11 de março de 2001. O clássico das multidões se aproximava, estávamos mal.
No dia 17 de março entramos em campo e fomos derrotados pelo Atlético, 1X0 pra eles no Mineirão. A vaca caminhava a passos largos para o brejo... Mas a esperança ainda é (e sempre será) verde...
Situação preta, mas esperança verde, é Verde e Preto, é Coelho! Ainda nos restavam 3 jogos na primeira fase, a guerra não estava acabada e o guerreiro, ferido, mas VIVO!
No dia 25 de março encaramos o Guarani de Divinópolis e goleamos, 4X0 em nosso querido Independência... A reação começava a nascer! Na seqüência, no dia da mentira, 01 de abril, vencemos a URT no Independência pelo placar menor, mas o que interessava eram os 3 pontos! Fomos para o último jogo, 11ª rodada, no dia 07 de abril fomos até Governador Valadares e vencemos por 1 X0 o Democrata, no mesmo estádio onde gritamos É CAMPEÂO em 1993, ali sempre temos boa sorte...
Classificamos em 5º lugar entre os 8 classificados para a segunda fase com apenas 17 pontos... Os oito times foram divididos em dois grupos com 4 equipes onde somente 1 de cada ficaria para a grande final.
Inicamos a segunda fase com o mesmo apetite que encerramos a fase anterior, vencemos a Caldense no dia 15 de abril, em nosso Estádio, por 3X0...
Veio o clássico contra o time azul e empatamos sem gols no dia 21 de abril.
No dia 29 de abril, após 5 jogos sem derrota, fomos superados em casa pelo Ipatinga.
Na rodada seguinte, nos recuperamos ao vencer no dia 07 de maio a Caldense em Poços de Caldas.
No dia 13 de maio, um jogo contra o Cruzeiro decidiria nossa sorte no campeonato, penúltima rodada, somente um desses times iria para a final, entramos em campo para decidir a vaga e, quando ninguém acreditava, contra tudo e contra todos, VENCEMOS, 4X2 no Mineirão! Era a hora do arranque, a final estava próxima!
Na derradeira rodada, precisávamos da vitória e enfrentaríamos o pequeno Ipatinga, que havia feito a melhor campanha na primeira fase, em dois jogos contra eles empatamos um e perdemos o outro, aquele jogo seria decisivo e, para dificultar ainda mais, no Ipatingão. Naquele jogo, era a hora de dar o troco, e demos, América 2 X 1, estávamos na final, isso no dia 20 de maio de 2001.
Enfrentaríamos o Atlético, em dois jogos, não havia vantagem, quem tivesse o maior saldo de gols levava o caneco, era o primeiro campeão do século XXI...
Enfrentaríamos o Atlético, com sua torcida fanática, eles têm paixão, nós temos o verdadeiro amor... Além da torcida o Atlético sempre conta com o elemento apitador nos jogos contra o América, principalmente os decisivos.
A lembrança da final de 1999 era inevitável. Perdemos aquela decisão no terceiro jogo, único apitado por juiz local, após vencermos a primeira batalha e empatarmos a segunda de forma milagrosa (o goleiro deles defendeu um chute com a mão quebrada), no terceiro jogo um pênalti escandalosamente arranjado pela arbitragem...
Sempre foi assim, sempre será... Mas contra tudo e contra todos fomos para o campo... O Americano é assim, confia desconfiando...
No dia 27 de maio, o primeiro jogo, clássico, história, rivalidade, tudo em jogo pelo primeiro título de um milênio, quem vencesse escreveria seu nome nas páginas da história!
A entrada no mineirão sempre tensa, eu com meu pai, após comprar as entradas, passamos pelo lendário portão 12, subimos as escadas, sempre pela direita... Supertição ou não se não ajudar não atrapalha, melhor repetir os gestos como em um ritual sagrado... Confiança sempre no time, desconfiança naqueles que comandam a partida... Cada degrau era uma lembrança, cada lance de escada um campeonato passava diante de minha mente, uns com final feliz outros não, 1992, 1993, 1997, 1999 etc... Em fim, chegamos nas arquibancadas, nosso cantinho sagrado, a torcida deles ocupava praticamente todo estádio, a nossa, menor, mas aguerrida, unida... Avacoelhada, UNA, Coelhões, todos juntos em uma só voz, uníssona, só o América nos interessava, uma só voz, um só coro...
Logo de cara, aos 4 minutos, Welington Paulo já mostrou o porque de estar ali, de cabeça fez o primeiro gol do time de verde... Alegria e vibração da minoria do estádio, silêncio do outro lado... O carnaval começava a se desenhar! Na arquibancada nos abraçávamos, vibrávamos como se fosse final de copa do mundo... 13 minutos depois, aos 17 minutos, Tucho marcou o segundo tento, mais alegria, mais festa, mais abraços... Antes dos vinte minutos e já contávamos com dois a zero no placar, muita alegria de um lado, o Minerão era nosso! A voz que se ouvia era uma só, a voz da nação americana! Eu disse antes dos vinte minutos! Antes porque aos 20 minutos os gritos de Coelho novamente foram interrompidos, mais alegria se colocava no caldo, Rodrigo balançou o filó no fundo do gol Atleticano... Aumentou o silêncio do lado de lá, do lado de cá, o barulho era ensurdecedor! Festa, lagrimas, vibração! Aos 29 minutos, nossa cria Gilberto Silva, fez o gol de honra do adversário, mal comemorado pela torcida deles, e que, em nada atrapalhou a nossa... A festa continuava, o pequeno susto não passou disso... A torcida estava impossível! Veio o segundo tempo e a festa continuava... E com o segundo tempo, passamos a cadenciar a partida, mas, em um vacilo da zaga preta e branca, o rápido Rodrigo não perdoou, roubou a bola no meio de campo e em um contra ataque fulminante decretou o quarto gol americano, chopp pouco é bobagem, festa, muita festa nas arquibancadas, enquanto o outro lado se esvaziava de forma rápida... Que viesse o segundo jogo, a torcida já cantava: É CAMPEÃO! "Ai, Ai, Ai, ai ai, está chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem, eu tenho que ir embora..."
Veio o segundo jogo, no fatídico 03 de junho de 2001, entramos em campo podendo perder até por dois gols que éramos os campeões, se a derrota fosse por 3 gols teríamos pênaltis e eles precisavam de mais de 4 gols para a vaca ir pro brejo...
Entramos em campo tranqüilos, eles desesperados, afinal construímos uma bela vantagem...
Mais uma vez estávamos em menor número, mas a garra que o time tinha em respeito às nossas cores nos multiplicava nas arquibancadas. Entramos em campo sem o volante Claudinei (que Deus o tenha) que foi estranhamente vetado momentos antes de entrar em campo.
Dessa vez quem marcou de cara foram eles, de pênalti (como em 1999), 1X0... Ainda no primeiro tempo perdemos um homem, Édson expulso, tudo confabulava contra, no primeiro tempo um pênalti e uma expulsão, todos contra o América... Veio o segundo tempo e, com ele, mais dois gols Atleticanos... 3 X 0, nesse momento a preocupação tomou conta da nossa torcida, até o céu que estava límpido se fechou, núvens negras tomaram conta do Minerão, dessa vez o silêncio era nosso, enquanto a vibração deles. Meu pai, com cara preocupada, resolveu ir ao banheiro e comprar cerveja, demorou muito, cada minuto era uma eternidade. Fui procurá-lo, não encontrei, desencontramos, fui e ele voltou... Mas, no momento em que cantavam o hino, tudo se inverteu, naquele momento subia as escadas para a arquibancada quando vi o atacante Alessandro receber a bola pela esquerda de nosso ataque e da entrada da grande área chutar colocado, cruzado, no canto esquerdo do goleiro Veloso, a bola viajou, naquele momento parecia que por horas, parecia que estava tudo em camera lenta, e entrou no cantinho... O silêncio foi para o outro lado e, imediatamente, a vibração voltou para seu devido lugar... Eu sozinho demorei para acreditar, era verdade, o gol do título... Quando consegui crer naquilo, corri sem destino de um lado para o outro, não sabia se pulava, se sorria, se chorava, era o gol do Coelho! Abracei quem estava perto, pessoas que não se conheciam se confraternizavam, coisas que só o América nos proporciona... A torcida voltava a ter a taça nas mãos... Dai, foi só esperar o tempo passar, e gritar "É CAMPEÃO!" O silêncio daqueles 50 mil atleticanos era ensurdecedor! A nação Americana calou 50 mil atleticanos, silêncio, como ordenou o matador Americano Alessandro quando fez o gol! Quando cheguei em meu lugar encontrei meu pai, vibrando como criança, feliz com o gol... Nas mãos uma touca do América, jogada fora por um torcedor mais afoito e colhida por sua esperança...
O tempo que parecia não passar, passou... O tempo não pára, felizmente! O jogo acabou e a festa começou ou continuou...! Era o Coelho que, mais uma vez nos fazia vibrar...
Com o América tudo é mais difícil, não há moleza, sempre mais difícil... Nosso coração americano é acostumado ao sofrimento até o último minuto!
Mas como tudo é que é mais difícil é mais saboroso, cada vitória do América é a melhor coisa que há! Quem sabe por isso, somos americanos? Pode ser um dos motivos, mas não é o principal... Somos americanos simplesmente porque somos americanos e isso não é para qualquer um, é uma questão de amor acima de tudo. Obrigado, Deus, obrigado pai, obrigado mãe, sou AMERICANO!

terça-feira, 24 de junho de 2008

O que esperar pro momento?

Às vésperas de uma importante competição, que pode conduzir o Coelho de volta às grandes disputas, o que esperar?

Ainda temos um time em formação e carecemos de peças em várias posições.

Jogadores importantes se despediram, como foi o caso de Douglas e sua novela recisiva interminável.

Euller e Flávio com suas renovações confusas e até anunciadas saidas distraem nossas críticas cabeças e nos tiram o foco do que importa. Talvez seja tática de comissão técnica para não serem sufocados pelos nossos anseios.

Eu, como torcedor, rezo para ver o América fazer valer este "presente", que foi a vaga para a série C. Acredito em dias melhores, mas tenho a impressão de que falta um pouco mais de empenho.

Precisamos nos concentrar diante deste momento. Um deslise, por menor que seja, pode nos custar mais uma temporada no anonimato.

Chulapada no Galo...


Nada melhor para começar esse espaço de amor americano que comentando mais um "frango atropelado"... Não importa se foi o júnior, ganhar do galinho é sempre mais gostoso! Não importa nem a modalidade, seja futebol, seja purrinha ou levantamento de copos, fomos criados para ganhar do Galo, desde nosso primeiro confronto um a zero para nós. Sinto muito, galo, mas é da nossa natureza...

Ontem nossos meninos foram herois, sapecaram logo dois a zero e, como haviamos vencido o primeiro jogo (no CTI do Galo) por 2X1 , avançamos para a final da Copa Integração de futebol Júnior.

Uma coisa é certa, se o América ganhou do Atletico e o Patético ganhou da Seleção do Dunga, logo, o América é melhor que o Brasil...

Não poderia escrever aqui e esquecer que o Icatinga também está na zona, ano que vem nos vemos na B Icair! E tem mais, ano que vem podemos ter mais jogos contra o Patetico, campeonato Mineiro (já é certo) e Brasileiro (Tomara...)!

Voltando ao assunto, o Coelho jogou com: Glaycon, Gabriel, Neguete, André Luiz e Wagner; Nando, Moisés, Magalhães e Devdy; Robertinho e Saldanha. Técnico: Edson Ratinho.
Gols de Neguete e Robertinho.

Parabéns, molecada! RUMO ao TÍTULO!!!!